quinta-feira, 26 de abril de 2012

Terceira parte da entrevista.

O site loudwire.com liberou a terceira parte da entrevista com Marilyn Manson. Nesse capítulo Manson fala a respeito de como sua aparição no documentário Tiros em Columbines mudou a percepção pública do artista e como o conceito do “vilão” atua como o alicerce para a última transformação do Manson.
Quando você apareceu em Tiros em Columbine, foi como algum tipo de catalisador pela maneira que você foi percebido pelo público. De repente, a coisa a se a falada a respeito de Marilyn Manson foi que você era uma pessoa inteligente e cabeça. Você vê algum paralelo entre esse tipo de mentalidade automatizada e a mentalidade de quem tão rapidamente apontou o dedo pra você após eventos como o de Columbine? Bem, isso mostra como… te disse anteriormente – as pessoas não sabem o que eu estava passando naquele dia que dei a entrevista, porque aquela entrevista durou cerca de duas horas e meia e foi antes entrar em um estádio após muitas ameaças de morte onde eu tinha 30 ou mais policias a paisana me vigiando. Eu sabia que ir naquele estádio – todos que me conheciam disseram para eu não ir, mas eu tive que fazer. Se você não pode viver sem o que você faz, então você tem que morrer por isso. Eu não quero morrer, mas tive que fazer. Isso era o que estava na minha mente quando fiz essa entrevista. Eu não necessariamente gosto do documentário, e isso é engraçado porque fiz uma aparição no filme A Estrada Perdida, por exemplo – é meu filme favorito de David Lynch. Eu não sou tão egoísta, mas concordo com você sobre Tiros em Columbine, foi o que eu disse, criou uma janela – um catalisador que abriu toda uma nova maneira das pessoas olharem para mim. Depois teve o The Golden Age of Grotesque e tive minha habilidade e confiança para dizer – acho que foi um dos meus períodos mais criativos até agora – [que] ao invés de ter sido destruído por tudo isso, fiquei mais forte. As pessoas gostam de coisas como a face da adversidade, algo como o homem contra a natureza ou algo do tipo. Eu não fiz nada de errado. Minha maior questão sempre foi, “A pessoas pensam que minha música faz matar? Por que elas não estão preocupadas com o que vou fazer?” (risos) Tenho 36 acusações por tiroteios em escolas na cintura… e meu pau abaixo da cintura também (risos) Eu não fiz isso. Se eu conhecesse as pessoas pessoalmente, ficaria triste, mas não vou levar para o lado pessoal. O que eu vou levar é o fato de que a vida é toda sobre mudança, e o vilão é sempre o catalisador, o vilão é sempre a pessoa que cria algo diferente na história. Não digo “vilão” no sentido que as pessoas possam definir com “o cara mau”, não estou dizendo “o cara mau.” Quando falo sobre o vilão, quero dizer no sentido tradicional, como em Macbeth, como em qualquer coisa. O herói não faz nada em toda e qualquer história e não tive que ir a escola para aprender isso, foi só pelo fato de eu ser fã de literatura e cinema. O herói não faz nada diferente. O herói sempre permanece o mesmo, não há arco de personagem, ele é sempre o herói. O vilão é a pessoa que tem a chance de mudar alguma coisa. Eles talvez quebrem as regras, mas esse é o ponto, às vezes se você não quebra as regras, você não irá salvar nada, não irá mudar nada. Se alguém ameaça o que eu amo ou me interessa, e foi o que fizeram no passado. Tive tudo tirado de mim, e agora sinto como se estivesse na mesma posição que no início, onde não irei ser ignorante ou teimoso, que muitas vezes sou, e alguém ameaça minha família ou coisas que me importo – minha garota, meus gatos, minha vida. Às vezes o instinto masculino é fazer algo estúpido, mas eu mataria alguém se tivesse que fazer, mas ao mesmo tempo não estaria os protegendo porque estaria na prisão ou morto, de modo que não é inteligente. Não preciso ser um fora da lei, eu preciso ser um vilão, preciso ser a pessoa que você não quer se meter, então as pessoas não se metem no que eu faço. Isso é o que eu comecei a ser quando eu, por algum motivo, tive uma hesitação porque estava essencialmente esmagado por várias coisas. Comecei a perder minha identidade e todos podem se relacionar com isso. Se você perde o que você é, então o que você tem? fonte:http://www.manson.com.br/

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